terça-feira, 3 de abril de 2012

raio de luz


A luz…

A luz que ilumina a sombra,

A sombra

O teu recanto esconso

A luz…

A luz que entra pela fresta das pedras frias

Do gelo da tua caverna

A luz que emana de um rosto

A luz que faz crescer o peito

A luz que faz pulsar

A luz que faz o coração estalar

Sonho apenas…

O nunca

O nunca de ver o sol

Nem no verão mais intenso

Não, alma minha

Não!

Esconde-te na tua caverna

Sente o que o teu direito natural

Por desgraça te deu.

Nunca estares no tempo.

Nunca seres nem teres…

Tanto tens

Mas nada vale

Canta…

Canta em pranto apenas dor

Apenas silêncio

Canta gemidos de dor.

O prazer, felicidade não são contigo

Serás sempre mendigo

Mendigo de migalhas

Mendigos de olhares

Mendigo de atenção

Os teus dons nada valem

Sossega na tua caverna

No teu recanto esconso

Dentro de ti

E ama só

Só dentro de ti

Há uma rosto de luz

Ele entra pela fresta da tua caverna

Mas só se mostra

É um sol distante.

Que só tens direito de amar


Só dentro de ti.

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